A 10ª edição do World Payments Report, elaborado pela Capgemini e pelo Royal Bank of Scotland (RBS) revelou que o volume de pagamentos sem o uso de dinheiro subiu 9,4%, chegando a 366 bilhões de transações em 2013.
O resultado se deve ao crescimento nos mercados em desenvolvimento e ao uso de cartões de crédito (aumento de 9,9%) e débito (aumento de 13,4%2). Em termos de movimentações financeiras sem dinheiro, o Brasil continua sendo o terceiro maior país no ranking global, atrás dos Estados Unidos e da Europa.
Já para os países em desenvolvimento, o estudo revela que o volume de pagamentos sem o uso de dinheiro foi superior a 50%, mesmo estas localidades representando somente 25,5% de todo o mercado, gerando 93 bilhões de transações.
Como estão as transações sem dinheiro no Brasil
No Brasil, a taxa anual de transações sem dinheiro em espécie ficou em 13,5% entre 2008 e 2010 mas, no período entre 2010 e 2012, caiu para 8% ao ano. Já as operações com cheques diminuíram 7% ao ano, e chegaram a 9% em 2012.
O maior crescimento no País tem sido das operações com cartões, com elevação de 17% ao ano desde 2010. O cartão de débito desacelerou, enquanto o crédito permaneceu em alta. Desde 2011, as transferências de crédito crescem 8% ao ano e, os débitos, 5%.
Em 2008, 33% das transações no Brasil eram feitas com cartões e, em 2012, esse número correspondia a 37%. A utilização de cheques caiu de 14% para 6%; já os débitos subiram de 6% para 19% do total das transações sem dinheiro vivo, e as transferências de crédito de 47% para 38%.
Transações sem dinheiro no mundo
Apesar da elevação de transações nos mercados em expansão, os Estados Unidos e a Zona do Euro estão na frente, no que diz respeito as operações financeiras por habitante.
A Finlândia, com 448 transações por pessoa, por ano, continua sendo a líder, registrando um aumento de 10,6% em 2012 e ultrapassando outros países da Europa e América do Norte.
Os Estados Unidos aparece com o segundo maior número de transações sem dinheiro por habitante, 376 transações, mas a alta na região foi de apenas 2,6% em 2013.
Conversão de Pagamento Mobile
O maior uso de tablets e smartphones está levando à convergência dos pagamentos eletrônicos e móveis, trazendo um novo desafio para as provedoras de serviços de pagamento (PSP).
Para 2015, a previsão é de que o pagamento mobile cresça 60,8% e os eletrônicos recuem para 15,9% por ano, à medida que mais pessoas passem a usar dispositivos móveis para efetuar pagamentos.
O World Payments Report deste ano revelou que a maioria das provedoras tradicionais de sistemas de pagamentos já fizeram da transformação de seus métodos de processamento uma prioridade de curto prazo. No entanto, a pressão vem tanto da concorrência como de novas iniciativas regulatórias, para que ofereçam inovações de última geração como Square, IZettle e Swift para gerar valor tangível aos consumidores. Isso requer que as empresas de pagamento desenvolvam uma visão de longo prazo para os processamentos de operações, capaz de ser executada de maneira tática por meio de projetos estratégicos, ágeis e curtos.
O relatório completo poderá ser acessado pelo site www.worldpaymentsreport.com.
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