A Burson-Marsteller, uma das maiores redes globais de consultoria de Comunicação Corporativa e Relações Públicas, com presença nos cinco continentes, realizou na Espanha um estudo bastante interessante para o perfil das agências de marketing no futuro.
A instituição entrevistou 25 diretores de Comunicação de grandes empresas no país – como Accenture, Santander, Siemens e Merck – para saber deles quais serão os futuros desafios e o que esperar das agências de marketing até o ano 2025. Que habilidades e conhecimentos serão necessários para ser uma agência competitiva?
Que novos serviços serão demandados às agências de marketing e qual será o perfil ideal para elas no futuro?
As mudanças têm sido tão grandes e tão rápidas que é difícil prever com exatidão, mas o que todos garantem é que a relação entre as áreas de Comunicação das empresas e suas agências irão passar por grandes mudanças.
Especializar para diferenciar
A necessidade de buscar especialização como uma forma de diferenciar-se é um dos pontos altos.
Serão necessárias que as agências se especializem em um campo temático, como, por exemplo: tecnologia, saúde, turismo, política etc.
Ou sejam especialistas em serviços específicos, como: assessoria para comunicação de crise, lobby, análise de informação e tendências etc.
Hoje a maioria das agências oferece sempre mais do mesmo.
Serviços 2.0 e tecnologia de ponta
A tendência é que as campanhas de marketing tomem um caminho cada vez mais virtual e viral.
Para desenvolvê-las, as agências deverão comunicar a marca dos seus clientes em todos os tipos de plataformas.
Por isto, serão mais valorizadas aquelas que estiverem antenadas com novas tecnologias e aptas a trabalhar em mídias sociais.
Reputação da marca
Por falar em campanha, espera-se cada vez mais o aumento na demanda relacionada com a gestão da reputação da marca – em detrimento à oferta de produto ou serviço – para os diferentes stakeholders, assim como o gerenciamento de crise no segmento online.
Agências que desenvolvem conteúdos são muito mais relevantes e tem uma relação de comprometimento com o sucesso do cliente!
Agilidade
Agilidade desponta como a palavra-chave para o futuro.
Se informação é poder, hoje o consumidor está cada vez mais poderoso e se comunica de maneira cada vez mais veloz por meio das mídias sociais.
Uma solução a ser proposta pelas agências é o serviço in company. Assim, elas poderão acompanhar melhor o dia a dia dos seus clientes, oferecendo-lhes agilidade na reação frente a determinadas situações, na reestruturação de estratégias e, assim, mais valor.
Consultoria estratégica
Espera-se que as agências ofereçam mais do que seus clientes esperam delas e os surpreendam propondo novas plataformas de comunicação e tipos de mensagens a serem veiculadas.
Por isto, a consultoria estratégica é um serviço que também parece ter seu espaço garantido no futuro.
As agências de Marketing Digital deverão ter a capacidade de criar soluções de negócios inovadoras, e tal devem possuir em seu core business profissionais de tecnologia e desenvolvedores.
Geração de conteúdo
Além da criatividade, a novidade no perfil das agências será a geração de conteúdo.
Será necessária uma comunicação que trabalhe a reputação da marca ou da empresa para fomentar uma geração constante de conteúdos atrativos e de interesse (storytelling), através de canais adequados e até inusitados.
Os usuários e consumidores do futuro confiarão cada vez menos na informação vinda dos tradicionais formatos pagos.
Orientação a resultados
O estudo aponta que a principal crítica dos executivos de comunicação em relação às agências é a falta de proatividade por parte delas. Afirmam que, na maioria das vezes, são eles que orientam e dirigem o trabalho a ser feito.
O que eles esperam é que elas sejam mais executoras – além de proativas e ágeis – na detecção de demandas para que possam apresentar novos caminhos e ir além dos planos de comunicação já pensado por eles.
Terá futuro a agência que valorizar a flexibilidade, a agilidade na capacidade de reagir e responder, mesmo mediante o volume e a rapidez em que a informação circula – agora não mais gerada apenas pela empresa ou pela imprensa, mas também por seus usuários e stakeholders.
Redação por: Jadna Rodrigues – EAE Business School em Madri, Espanha.